É hora da natureza

Cinco de junho é Dia do Meio Ambiente, é dia de nos reconectarmos à natureza e lutarmos pela sua preservação. Contribuir para a preservação da biodiversidade e tomar atitudes do bem, que nos encaminhem para uma realidade sustentável pode, inclusive diminuir as chances de novas pandemias, como a causada pelo coronavírus. O PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) ressalta a importância de 4 dos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, para evitarmos novas doenças com a Covid-19. Confira:

Combate às Ações Climáticas (Objetivo 13)

A temperatura do nosso planeta pode subir 3,2 ºC ou mais nos próximos anos. Pode parecer pouco, mas essa elevação é capaz de causar impactos irreversíveis para nós, como uma maior probabilidade de pandemias, eventos climáticos extremos, secas e inundações, desestabilização dos sistemas alimentares e econômicos.

O que nós podemos fazer para ajudar? Precisamos diminuir os impactos negativos que causamos ao meio ambiente de forma geral. Atitudes simples, como deixar o carro em casa sempre que possível e optar por meios de transporte menos poluentes, como a bicicleta; evitar todo o tipo de desperdício; diminuir uso de descartáveis e conscientizar sua família e amigos sobre a importância de mudar alguns hábitos faz muita diferença.

Vida sobre a Terra (Objetivo 15)

Este objetivo é referente a todas as formas de vida e formas de preservá-las. Hoje, o desmatamento destrói o habitat de muitas espécies selvagens. Dessa forma, esses animais passam a ter mais contato com o ser humano e com ambientes que não são próprios para eles. Além da morte de muitas espécies, esse contato mais próximo dos animais selvagens com o ser humano pode acelerar a evolução de vírus, sobretudo de zoonoses como Covid-19.

Como podemos ajudar? Plante árvores e faça escolhas sustentáveis. A melhor forma de contribuirmos é ajudando a parar o desmatamento e mantendo mais árvores de pé.

Vida debaixo d’água (Objetivo 14)

Nossas águas guardam muitas espécies de algas, corais, crustáceos, peixes, mamíferos e tantas outras formas de vida. Além de serem importantes para a nossa alimentação, essas espécies são muito usadas em medicamentos e são a fonte de renda de diversas pessoas que vivem dos mares e dos rios. A poluição das águas faz com que muitas espécies como estas desapareçam, ou seja, a chances de perdermos uma espécie que pode nos curar de doenças são muito grandes.

Como podemos ajudar? Reduzir o uso de plásticos, de produtos descartáveis e especialmente, não jogar lixo no mar, na praia e nos rios. Assim, salvamos espécies e preservamos a qualidade da nossa água.

Consumo e produção responsáveis (Objetivo 12)

O Covid-19 atingiu em cheio diversas economias pelo mundo e nos obrigou a repensar nossa forma de trabalho e abastecimento. Depender de produtos que vem de fora desabasteceu diversos mercados e reacendeu as discussões sobre a importância de produção local.

Como podemos ajudar? Coloque em prática aquela máxima “descasque mais, desembale menos”. Consumir produtos locais, plantados na sua região, feitos por pequenos empreendedores, ajuda a diminuir a poluição gerada pelo transporte de cargas e ainda faz bem para a saúde.

É hora de arregaçarmos as mangas, é hora do meio ambiente.

Fonte: https://www.unenvironment.org | Imagens: Pexels

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Dia do Meio Ambiente: fatos sobre o desperdício de comida

Se você leu nossos últimos dois posts aqui no blog, já sabe que na quarta-feira, 5 de junho, foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, com a temática Pensar.Comer.Conservar.

Leia hoje o terceiro e último post que fazemos sobre o assunto, compartilhando informações sobre a PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

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Fatos sobre o desperdício de comida

O impacto do desperdício de comida não é apenas financeiro. Ao se tratar do meio ambiente, o desperdício de alimentos significa também o uso em vão de produtos químicos, como fertilizantes e pesticidas, bem como mais combustível usado para o transporte. Além disso, mais alimentos estragados resultam em maior emissão de metano — um dos gases de efeito estufa que mais contribuem para a mudança do clima. De fato, o efeito estufa do metano é 23 vezes mais potente que o CO2. Assim, a vasta quantidade de comida despejada em lixões contribui significantemente para o aquecimento global.

A cada ano, aproximadamente um terço da comida produzida mundialmente para consumo humano — aproximadamente 1.3 bilhão de toneladas — é perdida ou desperdiçada.

Por ano, consumidores de países ricos desperdiçam quase a mesma quantidade de alimentos (222 milhões de toneladas) que a produção total da África Subsaariana (230 mihões de toneladas).

A quantidade de comida perdida ou desperdiçada anualmente equivale a mais da metade da colheita anual de cereais (2.3 bilhões de toneladas em 2009/2010).

A perda e o desperdício de comida também somam um grande desperdício de outros recursos, como água, terra, energia, mão-de-obra e capital, sem contar a emissão de gases de efeito estufa que contribui para o aquecimento global e a mudança do clima.

Em países em desenvolvimento, a perda de alimentos ocorre especialmente nos estágios iniciais da produção e distribuição dos alimentos, normalmente por restrições financeiras, de técnicas avançadas de gerenciamento na colheita e no armazenamento. Assim, o fortalecimento da cadeia de abastecimento por meio do apoio a agricultores e investimento em infraestrutura, transporte e embalages pode ajudar a reduzir a quantidade de alimentos perdidos.

Em países de média e alta renda, os alimentos são perdidos e desperdiçados principalmente em estágios mais avançados da cadeia de abastecimento. Diferentemente da situação dos países em desenvolvimento, o comportamento de consumidores tem um papel enorme em países industrializados. O estudo também identificou uma falha de coordenação entre atores da cadeia de distribuição como um dos fatores de contribuição.

Nos Estados Unidos, 30% de toda a comida, equivalente a 48.3 bilhões de dólares, é desperdiçada todos os anos. Estima-se que aproximadamente metade da água usada na produção de comida também é desperdiçada, levando em conta que a agricultura é responsável pelo maior consumo de água pela humanidade  (Jones, 2004 cited in Lundqvist et al., 2008).

Estima-se que residências do Reino Unido desperdiçam 6.7 milhões de toneladas de comida todos os anos, o que equivale a cerca de um terço das 21.7 milhões de toneladas adquiridas. Isso significa que aproximadamente 32% de toda a comida comprada no ano não é consumida. A maior parte dela (5.9 milhões de toneladas ou 88%) é atualmente coletada por autoridades locais. Uma grande parte desse desperdício (4.1 milhões de toneladas ou 61%) poderia ser evitada e os alimentos poderiam ter sido consumidos se melhor manejados (WRAP, 2008; Knight and Davis, 2007).

Nos Estados Unidos, os segundos maiores componentes de lixões são resíduos orgânicos, que resultam na maior parte das emissões de metano.

Fontes:
Global Food Losses and Food Waste – FAO, 2011
The environmental crisis: The environment’s role in averting future food crisis  – UNEP, 2009

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Dia do Meio Ambiente: consumo responsável

O post de hoje dá continuidade aos conteúdos publicados ontem aqui no blog, referentes ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho com o tema Pensar.Comer.Conservar.

Consumo responsável

A capacidade regenerativa do nosso planeta está se excedendo significantemente, ao passo que a população mundial está produzindo e consumindo mais recursos que nunca. De fato, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, as pessoas estão adquirindo muito mais do que elas realmente precisam e, como resultado, produzindo uma grande quantidade de lixo.

Nossa população crescente coloca tanta pressão sobre o meio ambiente que, hoje em dia, os recursos naturais não são mais tão abundantes como eles costumavam ser. O modo como nós usamos e despejamos recursos não-renováveis está alterando radicalmente os nossos ecossistemas e até mesmo os recursos renováveis do planeta (como água, madeira e peixes) estão rapidamente se exaurindo. Nós alcançamos um ponto crucial em que a qualidade do ar e da água precisa ser melhorada, o nível de produção precisa ser equilibrado e a quantidade de resíduos gerados precisa ser reduzida.

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Consumo sustentável tem tudo a ver com “fazer mais e melhor com menos”, por meio da redução do uso de recursos, degradação e poluição, ao mesmo tempo que melhorando a qualidade de vida de todos.

O consumo massivo de recursos renováveis e não-renováveis contribui para uma perda massiva da biodiversidade. A população mais pobre é a mais afetada por essas mudanças, considerando que ela é diretamente dependente de recursos naturais — como pesca, silvicultura e agricultura de pequeno porte — para subsistência.

A poluição e a sobre-exploração dos recursos do planeta estão cada vez mais comprometendo o nosso bem-estar e qualidade de vida. O planeta não tem condições de continuar percorrendo este caminho. A transição para um estilo de vida mais sustentável é crucial para tornar possível que as futuras gerações tenham acesso a sua parcela justa de recursos.

Há inúmeras possibilidades e formas de mudar hábitos de consumo e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida. Fazer mais com menos é essencial para sustentar os recursos do planeta para a nossa sobrevivência. Mudar os nossos atuais padrões de vida requer que a gente adote soluções inovadoras e criativas sobre a forma que usamos e despejamos os produtos e serviços que temos e consumimos. Isso poderia permitir uma transição para atividades e estilos de vida mais sustentáveis e, ao mesmo tempo, proteger os recursos naturais do planeta.

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Por isso, oriente as suas ações para uma atividade que promova o consumo sustentável. Desenhe para si um futuro diferente!

Fonte: PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

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