Dia do Meio Ambiente: fatos sobre o desperdício de comida

Se você leu nossos últimos dois posts aqui no blog, já sabe que na quarta-feira, 5 de junho, foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, com a temática Pensar.Comer.Conservar.

Leia hoje o terceiro e último post que fazemos sobre o assunto, compartilhando informações sobre a PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

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Fatos sobre o desperdício de comida

O impacto do desperdício de comida não é apenas financeiro. Ao se tratar do meio ambiente, o desperdício de alimentos significa também o uso em vão de produtos químicos, como fertilizantes e pesticidas, bem como mais combustível usado para o transporte. Além disso, mais alimentos estragados resultam em maior emissão de metano — um dos gases de efeito estufa que mais contribuem para a mudança do clima. De fato, o efeito estufa do metano é 23 vezes mais potente que o CO2. Assim, a vasta quantidade de comida despejada em lixões contribui significantemente para o aquecimento global.

A cada ano, aproximadamente um terço da comida produzida mundialmente para consumo humano — aproximadamente 1.3 bilhão de toneladas — é perdida ou desperdiçada.

Por ano, consumidores de países ricos desperdiçam quase a mesma quantidade de alimentos (222 milhões de toneladas) que a produção total da África Subsaariana (230 mihões de toneladas).

A quantidade de comida perdida ou desperdiçada anualmente equivale a mais da metade da colheita anual de cereais (2.3 bilhões de toneladas em 2009/2010).

A perda e o desperdício de comida também somam um grande desperdício de outros recursos, como água, terra, energia, mão-de-obra e capital, sem contar a emissão de gases de efeito estufa que contribui para o aquecimento global e a mudança do clima.

Em países em desenvolvimento, a perda de alimentos ocorre especialmente nos estágios iniciais da produção e distribuição dos alimentos, normalmente por restrições financeiras, de técnicas avançadas de gerenciamento na colheita e no armazenamento. Assim, o fortalecimento da cadeia de abastecimento por meio do apoio a agricultores e investimento em infraestrutura, transporte e embalages pode ajudar a reduzir a quantidade de alimentos perdidos.

Em países de média e alta renda, os alimentos são perdidos e desperdiçados principalmente em estágios mais avançados da cadeia de abastecimento. Diferentemente da situação dos países em desenvolvimento, o comportamento de consumidores tem um papel enorme em países industrializados. O estudo também identificou uma falha de coordenação entre atores da cadeia de distribuição como um dos fatores de contribuição.

Nos Estados Unidos, 30% de toda a comida, equivalente a 48.3 bilhões de dólares, é desperdiçada todos os anos. Estima-se que aproximadamente metade da água usada na produção de comida também é desperdiçada, levando em conta que a agricultura é responsável pelo maior consumo de água pela humanidade  (Jones, 2004 cited in Lundqvist et al., 2008).

Estima-se que residências do Reino Unido desperdiçam 6.7 milhões de toneladas de comida todos os anos, o que equivale a cerca de um terço das 21.7 milhões de toneladas adquiridas. Isso significa que aproximadamente 32% de toda a comida comprada no ano não é consumida. A maior parte dela (5.9 milhões de toneladas ou 88%) é atualmente coletada por autoridades locais. Uma grande parte desse desperdício (4.1 milhões de toneladas ou 61%) poderia ser evitada e os alimentos poderiam ter sido consumidos se melhor manejados (WRAP, 2008; Knight and Davis, 2007).

Nos Estados Unidos, os segundos maiores componentes de lixões são resíduos orgânicos, que resultam na maior parte das emissões de metano.

Fontes:
Global Food Losses and Food Waste – FAO, 2011
The environmental crisis: The environment’s role in averting future food crisis  – UNEP, 2009

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Dia do Meio Ambiente: consumo responsável

O post de hoje dá continuidade aos conteúdos publicados ontem aqui no blog, referentes ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho com o tema Pensar.Comer.Conservar.

Consumo responsável

A capacidade regenerativa do nosso planeta está se excedendo significantemente, ao passo que a população mundial está produzindo e consumindo mais recursos que nunca. De fato, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, as pessoas estão adquirindo muito mais do que elas realmente precisam e, como resultado, produzindo uma grande quantidade de lixo.

Nossa população crescente coloca tanta pressão sobre o meio ambiente que, hoje em dia, os recursos naturais não são mais tão abundantes como eles costumavam ser. O modo como nós usamos e despejamos recursos não-renováveis está alterando radicalmente os nossos ecossistemas e até mesmo os recursos renováveis do planeta (como água, madeira e peixes) estão rapidamente se exaurindo. Nós alcançamos um ponto crucial em que a qualidade do ar e da água precisa ser melhorada, o nível de produção precisa ser equilibrado e a quantidade de resíduos gerados precisa ser reduzida.

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Consumo sustentável tem tudo a ver com “fazer mais e melhor com menos”, por meio da redução do uso de recursos, degradação e poluição, ao mesmo tempo que melhorando a qualidade de vida de todos.

O consumo massivo de recursos renováveis e não-renováveis contribui para uma perda massiva da biodiversidade. A população mais pobre é a mais afetada por essas mudanças, considerando que ela é diretamente dependente de recursos naturais — como pesca, silvicultura e agricultura de pequeno porte — para subsistência.

A poluição e a sobre-exploração dos recursos do planeta estão cada vez mais comprometendo o nosso bem-estar e qualidade de vida. O planeta não tem condições de continuar percorrendo este caminho. A transição para um estilo de vida mais sustentável é crucial para tornar possível que as futuras gerações tenham acesso a sua parcela justa de recursos.

Há inúmeras possibilidades e formas de mudar hábitos de consumo e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida. Fazer mais com menos é essencial para sustentar os recursos do planeta para a nossa sobrevivência. Mudar os nossos atuais padrões de vida requer que a gente adote soluções inovadoras e criativas sobre a forma que usamos e despejamos os produtos e serviços que temos e consumimos. Isso poderia permitir uma transição para atividades e estilos de vida mais sustentáveis e, ao mesmo tempo, proteger os recursos naturais do planeta.

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Por isso, oriente as suas ações para uma atividade que promova o consumo sustentável. Desenhe para si um futuro diferente!

Fonte: PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

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Dia do Meio Ambiente: Pensar.Comer.Conservar

Hoje, estão acontecendo no mundo todo as celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente, que acontece sempre no dia 5 de junho.

Este ano, o tema para o Dia Mundial do Meio Ambiente é Pensar.Comer.Conservar. O tema convida a todos a reduzir a pegada alimentar, tornando-se mais consciente do impacto ambiental do desperdício e da perda de comida por todo o ciclo de abastecimento.

O blog Ao Ponto irá abordar este importante tema no post de hoje, amanhã e sexta-feira, compartilhando conteúdos apresentados pela PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

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Pensar.Comer.Conservar.

Pensar.Comer.Conservar é uma campanha contra a perda e o desperdício de alimentos que procura estimular todos a diminuir suas pegadas de carbono. De acordo com a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), 1.3 bilhões de toneladas de comida são desperdiçados. Este número é equivalente à quantidade de alimentos produzidos em toda a África Subsaariana. Ao mesmo tempo, 1 em cada 7 pessoas do mundo sofre de fome e, a cada dia, mais de 20.000 crianças menores de 5 anos morrem de fome.

Devido a estes enormes contrastes entre estilos de vida e os efeitos devastadores sobre o meio ambiente, o tema deste ano — Pensar.Comer.Conservar — procura prover maiores informações sobre os impactos ambientais das escolhas que você faz em relação à sua comida e, consequentemente, te convida a tornar-se consciente das suas decisões.

Enquanto o planeta tenta nos fornecer a quantidade necessária de recursos para sustentar 7 bilhões de pessoas (um número que chegará a 9 bilhões até 2050), a FAO estima que um terço da produção global de alimentos é perdida ou desperdiçada. O desperdício de comida significa também desperdício de recursos naturais, contribuindo assim para impactos ambientais negativos.

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Quando o alimento é desperdiçado, isso também significa que todos os recursos usados para a produção desse alimento também foram perdidos. Por exemplo: são necessários mil litros de água para produzir um litro de leite. A emissão de gases de efeito estufa das vacas e por toda a cadeia de abastecimento acabam sendo em vão quando desperdiçamos alimentos.

Tomar decisões conscientes significa, por exemplo, que você pode selecionar alimentos que têm menor impacto ambiental, como alimentos orgânicos que não usam produtos químicos no processo de produção. Você também pode optar por comprar alimentos produzidos localmente, o que significa que os alimentos não foram importados de outras partes do mundo, assim reduzindo a quantidade de emissões.

Portanto, é importante pensar antes de comer e, assim, ajudar a conservar o nosso meio ambiente.

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