18 de janeiro, Dia Internacional do Riso

Segundo o dicionário, a palavra RISO significa “ato, efeito ou modo de rir. Alegria, contentamento”.

O que muitas pessoas não sabem é que esta prática aparentemente simples pode fazer muito bem à saúde.

Leia neste post uma matéria da Folha de São Paulo Online sobre estudos que comprovam os benefícios do riso.

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O riso faz bem ao coração, enquanto a depressão aumenta os riscos de problemas cardíacos e de mortalidade, indicam dois estudos apresentados hoje no congresso anual da Sociedade Americana de Cardiologia (ACC).

Ambos os estudos, realizados por pesquisadores das universidades de Maryland e da Carolina do Norte, assinalam a influência direta dos fatores psicológicos na saúde humana.

Segundo Michael Miller, da Universidade de Maryland, “a amplitude da alteração observada no endotélio (tecido que recobre a parede interna dos vasos) nas pessoas que riem é semelhante à que teriam numa atividade física intensa”.

Isso não significa, porém, que o riso seja um substituto do exercício físico regular para manter a saúde cardiovascular, advertiu. “Trinta minutos de exercício, três vezes por semana, e 15 minutos de riso todos os dias são muito bons para o sistema vascular”, afirmou.

No estudo, Miller exibiu trechos de dois filmes, um cômico e outro dramático, a 20 voluntários cujo sistema vascular estava sob observação.

A investigação centrou-se no comportamento do endotélio, que se contraiu nas cenas mais tristes, reduzindo a passagem do sangue em 14 dos 20 voluntários. Por contraste, quando os espectadores riram nas cenas cômicas, o sangue fluiu muito mais livremente em 19 deles. Na maioria dos casos, a aterosclerose, ou endurecimento das artérias, tem início no endotélio.

O outro estudo, coordenado por Wein Jiang, da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, concluiu que a depressão – causadora muitas vezes de um estilo de vida nocivo à saúde (tabagismo, álcool e abuso de medicamentos) – aumenta em 44% os riscos de mortalidade.

“Esta associação adversa da depressão a uma maior mortalidade é independente de outros fatores, incluindo a idade, o casamento, as funções cardíacas e as causas básicas dos problemas cardíacos”, afirmou Jiang, que examinou mais de mil doentes cardíacos para determinar o seu nível de depressão.

Ainda não é clara a razão, acrescentou, mas os pacientes com depressão abstêm-se em geral de fazer exercícios físicos ou de tomar os seus medicamentos de forma adequada. “Da mesma forma, esses pacientes também tomam decisões nocivas à saúde, nomeadamente em relação à dieta ou ao consumo do tabaco”, afirmou. 

Os dois estudos parecem assim demonstrar que os estados de alma têm efeitos fisiológicos muito significativos.

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Fonte http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u13070.shtml